|VIDAS DE 32| AGOSTINHA E JOÃO DE DEUS ALVARENGA.

 João de Deus Vieira de Alvarenga (*08/03/1905 +24/07/1989) era fazendeiro em Itapira, trabalhava com plantação de laranjas. Possuía uma grande porção de terra onde hoje encontra-se a região da Rodoviária Municipal de Itapira, até as ruas próximas da igreja matriz de São Benedito. Em 1932, João se alistou para também lutar por São Paulo e representar Itapira na Revolução. Segundo o relato de seu filho, João combateu nas montanhas de Eleutério. Não soube porém, nos dizer em qual batalhão ele lutou. Através de pesquisas em diversas fontes, incluindo fotográficas, podemos deduzir que João de Deus Vieira de Alvarenga tenha integrado o batalhão de voluntários "23 de Maio".
Durante o combate em Eleutério, João de Deus acompanhou o cel. Francisco Vieira em diversas incursões, muito provavelmente, seguindo com seu "Esquadrão de Cavalaria" até os arredores de Campinas, já em Setembro de 1932.

João de Deus Vieira de Alvarenga
Sua esposa, Agostinha Moraes de Alvarenga (*16/01/1914 +16/05/2004), grávida de seu primogênito, ficou na residência da família durante os dias de caos em Itapira. Juntamente com seu irmão, preparava café e comida para os soldados acantonados nas proximidades de sua casa. Mas, com o passar das semanas, a situação piorou.
Com o avanço federal sobre a cidade, João de Deus, como a grande maioria dos soldados paulistas que não morreram ou foram capturados, deixou a região da cidade com seu batalhão, que possivelmente, após o combate do Morro do Gravi e consequente queda de Mogi Mirim, se reagrupou na frente de Jaguarí (atual Jaguariúna). O desespero já começava tomar conta da população que permaneceu em Itapira. Em uma decisão corajosa, Agostinha partiu para o front. Segundo seu filho, Agostinha Moraes de Alvarenga lutou no combate do Morro do Gravi entre os dias 1 e 4 de setembro ao lado de seu marido.

Agostinha e João Alvarenga
Não se sabe se Agostinha partiu para o front "escondida", ou seja, se passando por homem, ou se simplesmente vestiu a farda rumo ao Morro do Gravi. Mas como podemos ver nesta fotografia, com data imprecisa, Agostinha Moraes de Alvarenga foi à luta pela causa paulista.


Comentários

  1. Prezado confrade, ficar-lhe-ia muito grata se inserisse o 20º NC de Jundiaí nos seus links sugeridos.
    Desde já lhe agradeço pela gentil cordialidade.
    Saudações Constitucionalistas !!

    Presidente Ana Cristina Lazzati

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